Ao longo da minha vida e carreira, visitei muitas comunidades afetadas por eventos climáticos extremos e outros perigos naturais. Do Pacífico Sul até Moçambique, passando pelas Caraíbas e outros lugares, vi o impacto devastador e transformador da emergência climática na vida de comunidades vulneráveis.
Os desastres causam um sofrimento atroz e podem acabar num ápice com décadas de avanço em desenvolvimento.
Na próxima década, o mundo investirá biliões de dólares em habitação, escolas, hospitais e outras infraestruturas. A resiliência climática e a redução do risco de desastres devem ser essenciais para esse investimento. Há um forte argumento económico para tais etapas:
Tornar as infraestruturas mais resilientes ao clima pode ter uma relação custo-benefício de cerca de seis para um. Por cada dólar investido, seis dólares podem ser poupados.
Isto significa que investir na resiliência climática cria empregos e economiza dinheiro e é a coisa certa a fazer: pode aliviar e evitar a miséria humana.
Sinto-me encorajado pela onda global de apoio público à ação climática urgente e pelos muitos compromissos assumidos na recente Cimeira de Ação Climática.
Todos nos devemos agora focar em ambições maiores. Peço ao mundo que intensifique os seus investimentos até 2020 e garanta que a redução do risco de desastres esteja no centro da Década de Ação. Vamos todos fazer o que está ao nosso alcance para uma maior ambição em ação climática, a redução de riscos de desastres e para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.