Como parte da comemoração do 70º aniversário da Organização das Nações Unidas, a Assembleia-Geral leva a cabo dois dias de debate (1 e 2 de outubro) para tirar lições das experiências das últimas sete décadas em matéria de paz e segurança e fazer um balanço dos desafios atuais.
“Somos hoje uma organização com quase quatro vezes mais membros do que em 1945”, disse o Secretário-Geral, Ban Ki-moon, na abertura da reunião. “O mundo continua a ser moldado pela globalização, a urbanização, a migração, a demografia e outras tendências de impacto sísmico. Novas ameaças surgiram, desde as alterações climáticas ao cibercrime e às pandemias. No entanto, a Carta da ONU continua a ser uma base sólida para o progresso partilhado”, acrescentou.
Em parceria com os CTT e o jornal Público, a ONU convida os Portugueses a que lhe enviem um postal, onde poderá ser escrita uma mensagem livre e feita a ordenação, segundo o grau de importância atribuído, das áreas prioritárias da sua ação.
Para isso basta comprar, no dia 24 de outubro, o jornal Público que conterá no interior o postal impresso pelos CTT, com um desenho exclusivo criado pela secção de Portugal do Centro de Informação Regional das Nações Unidas para a Europa Ocidental. Preencha e envie sem custos (porte pago) a sua contribuição.
As melhores mensagens e uma análise sobre as escolhas nas áreas de atuação serão publicadas no jornal Público e divulgadas nas plataformas online das três entidades parceiras, até ao final do ano.
Não deixe de participar porque a ONU está empenhada em fazer uma reflexão sobre as lições aprendidas em sete décadas e em receber contributos para definir a sua ação futura, reafirmando o compromisso de servir “os povos” e promover a prosperidade, segurança e dignidade para todos.
Preparar o futuro
Ban Ki-moon considera que deve haver um maior esforço na prevenção dos conflitos, recorrendo à mediação e resolução pacífica de litígios e queixas; mas também deve haver uma forte abordagem sobre as raízes dos conflitos.
O Secretário-Geral defende uma maior atenção às violações dos direitos humanos – muitas vezes sinais de alarme de que o pior está para vir – e esforços no sentido de obter os recursos adequados para combater os problemas diagnosticados.
“Usemos com inspiração a feliz decisão da semana passada”, disse Ban Ki-moon, aludindo à adoção da nova agenda de desenvolvimento sustentável global. Ban Ki-moon realça, ainda, os compromissos sobre apoio às operações de paz da ONU, o novo impulso na luta contra as alterações climáticas, os compromissos de alto nível para promover a igualdade de género e os passos encorajadores para resolver a crise dos refugiados.
“Em paralelo com o desespero em muitos pontos do mundo, continua a haver grande esperança no poder do trabalho em colaboração. Esse é o espírito fundador da Organização das Nações Unidas e, neste 70º aniversário, face à gravidade dos desafios globais, é esse espírito que devemos manter vivo”, rematou.
ONU em Portugal
Em Portugal, que é membro da ONU desde 14 de dezembro de 1955, existem representações de várias agências e comités: FAO, GCNP, OIT, OIM, UNICRI, UNESCO, UNICEF e UN-EGOV.
O Conselho Português para os Refugiados é o representante do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados e existe, ainda, uma secção de Portugal no Centro de Informação Regional das Nações Unidas para a Europa Ocidental, sedeado em Bruxelas, com a missão de disseminar a informação ao público.