Aliança das Civilizações condena morte de fiéis em igreja sitiada em Tigray 

O alto representante da Aliança das Civilizações da ONU, Miguel Ángel Moratinos, expressou tristeza com relatos sobre ataques recentes a fiéis e civis na Igreja de Santa Maria de Sião, na cidade considerada sagrada de Axum, na região etíope de Tigray. 

Agências de notícias informaram que até 800 pessoas podem ter morrido nos atentados, no final do ano passado. Os fiéis acreditam que no local estaria a Arca da Aliança, um dos maiores símbolos mencionados na Bíblia. 

Religião 

As instalações abrigaram etíopes fugindo de combates entre forças regionais e do governo federal, mais informações devem surgir à medida que as linhas telefônicas são restauradas assim como o trabalho dos jornalistas, que ficaram impedidos de atuar. 

No comunicado, o alto representante diz que segue “profundamente preocupado” com os possíveis atos alvejando civis na região pela sua religião, crença ou etnia. 

Para Moratinos, esses “ataques hediondos são uma afronta às obrigações do Direito Internacional Humanitário e de leis internacionais.” 

Plano  

O apelo às partes em conflito é que respeitem todas as religiões e crenças. Moratinos  reitera ainda que “os locais de culto não devem ter derramamento de sangue e terror”. 

A Aliança das Civilizações implementa um Plano de Ação das Nações Unidas para Proteger Sítios Religiosos, apoiar os países na promoção da segurança e salvaguardar os locais sagrados. A meta é garantir que os fiéis possam cultuar em paz e promover os valores de compaixão e da tolerância.  

Sobre a região do extremo norte etíope, Moratinos realça a responsabilidade de todos de “denunciar de forma inequívoca as formas de discriminação, xenofobia e ações racistas contra pessoas com base em sua religião ou crença.” 

Acnur/Hazim Elhag

Refugiados etíopes fogem de confrontos na região de Tigray atravessando o rio Tekeze em Hamdayet, Sudão.


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