Assembleia Geral da ONU: presidente da República defende diálogo global

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, discursou na cerimónia de abertura da 76.ª sessão Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) tendo-se centrado na defesa do multilateralismo como “única arma global” para os problemas da Humanidade. Além disso pediu confiança à Organização das Nações Unidas (ONU) para um mandato de Portugal no Conselho de Segurança como membro não permanente.

O presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, iniciou a sua intervenção na 76.ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) evidenciando que “a pandemia, a crise económica e social dela emergente e a recente evolução no Afeganistão” demonstram que “a governação de um mundo multipolar exige compromisso e cooperação entre as nações” deixando claro que o multilateralismo “exige respostas conjuntas”.

O presidente salientou, ainda, a necessidade de “ampliar, aprofundar e acelerar as reformas das Nações Unidas – na gestão, na paz e segurança e no sistema de desenvolvimento”.

António Guterres abriu a 76ª sessão da Assembleia Geral da ONU. Foto ONU/ Cia Park

Marcelo Rebelo de Sousa, considera que “a reforma do Conselho de Segurança” é essencial para que a ONU se modernize e responda de forma clara ao mundo do século XXI. Nesse contexto, defendeu a presença “africana, do Brasil e da Índia” como membros permanentes argumentando que “resistir às reformas e negar recursos significa, na prática, enfraquecer o multilateralismo e criar situações de crise, com prejuízo para todos”.

No que respeita a Portugal, o presidente afirmou que o país estará sempre do lado da resolução das crises, do multilateralismo, empenhado na “reforma da Organização Mundial de Saúde (OMS), no Tratado Internacional sobre Pandemias, na garantia das vacinas como bem público global”. Acrescentou o compromisso do país para com a “Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e ao Pacto Global das Migrações das Nações Unidas”.

Na restante intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa felicitou o secretário-geral da organização, António Guterres, “pelo exemplar primeiro mandato” e reiterou o seu apoio “incondicional em todas as prioridades” escolhidas pelo chefe da organização.


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