Calor em excesso é sinal de alarme 

As ondas de calor extremo e as catástrofes climáticas já mataram mais de 410 mil pessoas nos últimos dez anos. Além disso, os analistas projetam um aumento mundial de 700% no número de pessoas a viverem em condições de calor extremo até 2050. 

As alterações climáticas são ameaças reais à sobrevivência da humanidade. O mais recente relatório do Gabinete de Coordenação Humanitárias das Nações Unidas (OCHA) com a Cruz Vermelha expõe o desafio das ondas de calor, fenómeno mortal que pode gerar novas necessidades de emergência num futuro não tão distante.  

Dado que os eventos ambientais estão todos interligados, com a intensificação das alterações climáticas (e a falta de ação sobre as mesmas), as ondas de calor tornar-se-ão mais intensas, mais frequentes e mais mortíferas. Das suas consequências destacam-se a seca extrema, que leva à falta de alimentos, o agravamento da insegurança alimentar e da crise de fome nos países em desenvolvimento, especialmente em África.  

Contudo, há que clarificar: ainda que as organizações humanitárias tentem melhorar as suas respostas às ondas de calor extremo, este não é um problema que possam resolver sozinhas. A prioridade deve focar-se em grandes e sustentados investimentos que mitiguem a generalidade das alterações climáticas a longo prazo, apoiando as suas vítimas mais vulneráveis.  

Assim sendo, este relatório deve servir não só de alerta, mas como um mapa que oriente a ação dos governos, empresas e das sociedades. O Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU e a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho estão empenhados em trabalhar em conjunto para evitar um futuro de catástrofes ambientais, alertando para os riscos da inação e criando estratégias de prevenção. 


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