Chefe da ONU espera novo acordo depois de Israel concluir missão internacional

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, expressou a sua gratidão à Presença Internacional Temporária em Hebron, Pith, na Cisjordânia, depois de Israel ter decidido não renovar o seu mandato.
Em reação a uma declaração conjunta emitida pelos Ministros das Relações Exteriores dos países contribuintes da Pith, o secretário-geral transmitiu a sua esperança “que um acordo possa ser encontrado pelas partes para preservar a valiosa contribuição da Pith para a prevenção de conflitos e a proteção dos palestinos em Hebron.” 

Mandato

Guterres disse que continua a trabalhar com os Estados-membros e as partes envolvidas “para garantir a proteção, a segurança e o bem-estar dos civis.”
ONU/Evan Schneider

Financiada por cinco países, Itália, Noruega, Suécia, Suíça e Turquia, a Pith está sujeita a uma renovação de mandato a cada seis meses. Na segunda-feira passada, o governo israelense anunciou que não iria renovar o seu mandato. 
Uma decisão lamentada pelos países contribuintes, em um comunicado conjunto divulgado na sexta-feira, enfatizando que a situação em Hebron “continua frágil e tensa.”
A Pith foi estabelecida em conformidade com as disposições do Acordo Provisório de 1995, conhecido como o Acordo de Oslo II, entre Israel e a Organização de Libertação da Palestina, depois do massacre, em 1994, de 29 palestinos por um colono israelense. 
De acordo com seu mandato, a Pith “ajuda a monitorar e relatar os esforços para manter uma vida normal na cidade de Hebron, criando assim uma sensação de segurança entre os palestinos em Hebron.” Os observadores da Pith denunciam violações do direito internacional humanitário e das leis internacionais de direitos humanos, bem como acordos relacionados a Hebron.
Guterres disse que continua a trabalhar com os Estados-membros e as partes envolvidas “para garantir a proteção, a segurança e o bem-estar dos civis.”
O chefe da ONU também reiterou o seu “compromisso com a solução de dois Estados” e salvaguardar os princípios e a visão consagrados no Acordo de Oslo, resoluções pertinentes da ONU e outros acordos aplicáveis.
 


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