Conselho de Segurança adota resolução para um cessar-fogo em Gaza

UN Photo/Eskinder Debebe Vista do Conselho de Segurança da ONU enquanto os membros votam a favor do projeto de resolução sobre a situação em Gaza

 

A resolução recebeu 14 votos a favor e abstenção da Rússia; documento solicita um cessar-fogo, aceite por Israel, e incita o Hamas a aderir; resolução prevê três fases de implementação e reforça solução de dois Estados.

 

O Conselho de Segurança adotou esta segunda-feira uma resolução redigida pelos Estados Unidos que aprova a proposta de cessar-fogo anunciada a 31 de maio pelo governo norte-americano. O documento recebeu 14 votos a favor e a Rússia absteve-se.

A resolução afirma que negociação foi aceite por Israel e incita o Hamas a aceitá-la também. O documento apela ainda a ambas as partes que implementem os seus termos imediatamente e sem condições.

 

Condições da resolução

O documento prevê três fases para o cessar-fogo, a começar com o fim da violência, a libertação dos reféns, a retirada das forças israelitas das zonas povoadas de Gaza e a autorização para que os palestinianos regressem às suas casas.

O período inicial também prevê a distribuição eficaz de ajuda humanitária em Gaza, incluindo unidades habitacionais fornecidas pela comunidade internacional.

A resolução salienta que o cessar-fogo deve continuar enquanto as negociações prosseguirem. O documento sublinha ainda a importância de que as partes adiram aos termos da proposta e apela a todos os Estados-membros e à própria ONU para apoiarem a sua implementação.

 

UN Photo/Eskinder Debebe

 

Solução negociada

A resolução também rejeita qualquer tentativa de alteração demográfica ou territorial em Gaza e reitera o compromisso com a visão de uma solução de dois Estados, em que Israel e a Palestina vivem lado a lado em paz, com fronteiras seguras e reconhecidas, conforme o direito internacional e as resoluções relevantes da ONU.

A decisão sublinha a importância de unificar Gaza e a Cisjordânia sob a Autoridade Palestiniana e afirma que a ONU continuará a acompanhar de perto a situação.