Covid-19: OMS pede criação de protocolos para doentes crónicos

Cerca de 1 em cada 10 infetados com covid-19 experiencia sintomas até 12 semanas após a infeção, e muitos por ainda mais tempo.

 

Um inquérito realizado pelo Hospital de S. João, no Porto, demonstrou que aproximadamente 30% dos utentes diagnosticados com covid-19 continuam a sentir sintomas oito meses após o diagnóstico. Estes incluem, entre outros, aperto no peito, fadiga extrema, tosse crónica, disfunção cognitiva e falta de ar. A infeção pode causar danos no coração, pulmões, fígado e rins.

“O prolongamento destes sintomas tem graves consequências em termos sociais, económicos, a nível da saúde e ocupacionais.”, alertou o diretor regional da OMS para a Europa, Hans Henri P. Kluge.

Uma das prioridades da Organização Mundial de Saúde (OMS) é compreender melhor os sintomas pós-covid, como estes impactam os afetados e que reformas podem ser feitas nos sistemas de saúde europeus para auxiliar a recuperação destes doentes.

“É essencial garantir que os pacientes diagnosticados com esta doença, que apresentam sintomas persistentes, tenham acesso a acompanhamento médico.”, avisou o responsável em conferência de imprensa esta quinta-feira.

A organização apela aos países e instituições europeias para que criem um plano de investigação conjunto, utilizando ferramentas de recolha de dados e protocolos de estudo. Essa investigação será fundamental para maximizar o tratamento da covid-19 e melhorar os resultados, a longo prazo, para os pacientes.

Até à data, a OMS registou na Europa cerca de 38 milhões de casos da covid-19. Portugal conta já com 800.586 infetados e 16.136 mortos.


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