A resolução do conflito israelita-palestiniano continua a ser um dos desafios mais complexos que a comunidade internacional enfrenta atualmente. Infelizmente, no ano passado, não se registaram desenvolvimentos positivos e a situação no terreno continua a deteriorar-se.
A intensificação dos colonatos ilegais, a demolição de casas palestinianas e o sofrimento generalizado em Gaza têm de acabar. O estabelecimento de colonatos no Território Ocupado da Palestina, incluindo Jerusalém Oriental, não tem força legal e constitui uma violação flagrante do direito internacional, conforme inscrito na Resolução 2334 do Conselho de Segurança.
Estas ações ameaçam a viabilidade de estabelecer um Estado palestiniano com base em resoluções relevantes das Nações Unidas. Além disso, o lançamento indiscriminado de mísseis e morteiros contra as populações civis israelitas tem de acabar.
Apelo a israelitas e palestinianos, e a todos os seus apoiantes, que tomem medidas que restaurem a esperança na solução de dois Estados. Não há outra alternativa viável. É uma perigosa ilusão pensar que o conflito pode ser gerido ou contido perpetuamente. Somente com negociações construtivas entre as partes, de boa-fé, com o apoio da comunidade internacional, a adesão das resoluções firmes das Nações Unidas e parâmetros previamente acordados, haverá uma solução justa e estável, com Jerusalém como capital dos dois Estados. O que é necessário, em primeiro lugar, é liderança e vontade política. Os esforços da sociedade civil e daqueles que, em ambos os lados, procuram preencher o vazio entre israelitas e palestinianos também precisam de ser apoiados.
Neste Dia Internacional da Solidariedade, reafirmamos o nosso empenho em defender os direitos do povo Palestiniano.
As Nações Unidas não irão hesitar no seu compromisso com o povo Palestiniano ao mesmo tempo que nos esforçamos para proteger os seus direitos inalienáveis e construir um futuro de paz, justiça, segurança e dignidade para palestinianos e israelitas.