Ebola ressurge na província de Kivu do Norte, na RD Congo

As autoridades de saúde da República Democrática do Congo, RD Congo, declararam um ressurgimento do ebola na segunda-feira, após a confirmação de um caso na província de Kivu do Norte.

Segundo informações da Organização Mundial da Saúde, OMS, uma mulher de 46 anos morreu em 15 de agosto de 2022 em Beni, localizada no Kivu do Norte. Ela recebeu atendimento no Hospital de Referência de Beni, inicialmente para outras doenças, mas posteriormente exibiu sintomas consistentes com o ebola.

Civis visitam familiars em centro de tratamento de ebola na RD Congo

Foto: Banco Mundial/Vincent Tremeau

Civis visitam familiars em centro de tratamento de ebola na RD Congo

Ressurgimento do vírus

As filiais de Beni e Goma do Instituto Nacional de Pesquisa Biomédica do país confirmaram o vírus ebola em amostras coletadas. As análises mostram que o caso estava geneticamente ligado ao surto de 2018-2020 nas províncias de Kivu do Norte e Ituri, que foi o maior e mais longo do país.

Segundo a diretora regional da OMS para a África, Matshidiso Moeti, o ressurgimento do ebola está ocorrendo com maior frequência e causa preocupação. 

No entanto, ela adiciona que as autoridades de saúde do Kivu do Norte conseguiram impedir com sucesso vários surtos de ebola e, com base nessa experiência, a situação deve ser controlada rapidamente.

Funcionários da OMS e autoridades de saúde estão monitorando 160 contatos. As investigações querem determinar o status vacinal do caso confirmado.

Vacinação em Mbandaka, na República Democrática do Congo, durante o último surto de ebola.

OMS/Lindsay Mackenzie

Vacinação em Mbandaka, na República Democrática do Congo, durante o último surto de ebola.

Imunização

Existem 1 mil doses das vacinas rVSV-ZEBOV Ebola disponíveis no estoque do país e 200 serão enviadas para Beni esta semana. 

A imunização em anel, em que são vacinados os contatos e outros possíveis infectados com o objetivo de evitar a propagação do vírus, deve começar em breve.

O último surto na zona de saúde de Beni, no Kivu do Norte, foi controlado em cerca de dois meses, terminando em 16 de dezembro de 2021. 

Foram reportados 11 casos, sendo oito confirmados e três prováveis, além de seis mortes.
 


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