O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, OMS, destacou que o número de mortes por Covid-19 por semana continua a diminuir, estando agora no nível mais baixo em quase um ano.
Falando a jornalistas nesta quarta-feira, Tedros Ghebreyesus disse que ainda que “é inaceitavelmente alto” o total de 50 mil pessoas que perdem a vida todas as semanas. Segundo ele, “o número real é certamente maior.”
Vacinação
Para o chefe da OMS, países e empresas que controlam ou fornecem vacinas devem priorizar a entrega ou disponibilizá-las ao programa Covax para que sejam cumpridas as metas de vacinação.
A agência vem atuando com lideranças de vários países para apoiar o planejamento necessário e alcançar a cobertura de 40% de pessoas imunizadas ainda este ano, “com ações agressivas e ambiciosas”.
A agência da ONU confirmou que o número de óbitos baixa em todas as regiões, menos na Europa. Vários países do continente enfrentam novas ondas de casos e mortes.
Os casos fatais permanecem altos em países e populações com menos acesso às vacinas.
Remédios
Entre as nações onde a imunização ainda não teve início estão Burundi, Eritreia e Coreia do Norte. Pelo menos 56 países excluídos do mercado global de vacinas não conseguiram atingir a meta de inocular 10% de suas populações até o final de setembro. A maioria deles está na África.
O chefe da OMS ressaltou haver mais países correndo o risco de não cumprir o prazo de 40% definido até o final deste ano.
Entre os casos mencionados, Ghebreyesus destacou a situação causada pelo conflito etíope que afetou o sistema de saúde em Tigray. Ele disse que nenhum suprimento de remédios foi permitido na região desde julho.
Uma fração das unidades de saúde permanece operacional devido à falta de combustível e suprimentos. Pessoas com doenças crônicas estão morrendo devido à falta de alimentos e medicamentos.
Ameaça de fome
Quase 200 mil crianças ficaram sem vacinas essenciais num cenário de pessoas sem comida suficiente, mais suscetíveis a doenças mortais e enfrentado a ameaça de fome.
O chefe da OMS disse que a agência fará tudo o que estiver ao alcance para fornecer suporte vital para salvar vidas a todos os afetados. Ele pediu acesso irrestrito às regiões onde “a vida de milhões de pessoas está em jogo.”