Famílias afetadas pelo ciclone Idai em Moçambique receberam sementes e ferramentas agrícolas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, e da Organização Internacional para as Migrações, OIM.
Cerca de 11 mil famílias devem ser beneficiadas pela distribuição que acontece em áreas onde as populações são mais vulneráveis e o governo concedeu lotes de terra para fazer hortas.
Famílias
Domingas Timóteo, vivenciou os danos do ciclone mais forte que passou pelo país em décadas. Em março, ela não perdeu pessoas próximas mas como tudo foi levado pelo vento e pela água. Agora, a expectativa é recomeçar a vida e alimentar a família.
“Vou fazer a minha horta. Recebemos algumas sementes de couve, alface e cebola. Tenho uma filha por alimentar e com os meus irmãos são cinco.”
Já Feliciano, sapateiro de profissão, também vai usar as sementes para alimentar os parentes.
“Nós vamos plantar, embora que sou sapateiro, não posso ter garantia do rendimento da sapataria, vamos fazer as hortas para garantir o sustento.”
Segurança
As sessões de distribuição de insumos agrícolas decorrem nas províncias de Manica e Sofala. O “kit” é composto por sementes de tomate, cebola, repolho, quiabo e couve e ainda enxadas, catanas e regadores.
A colheita destas culturas, que podem ser efetuadas a partir de 90 dias após o plantio, vai contribuir para a segurança alimentar e nutrição das famílias e comunidades.
Manuel Augusto, de 67 anos, elogia o trabalho dos parceiros e das autoridades como parte do reassentamento das vítimas da tempestade.
“Para nós que estamos cá, estamos a ver que o sítio que fomos atribuídos pelo governo e estamos bem. Lá cada indivíduo vivia de qualquer maneira, cercado do rio. Aqui não enche água aqui ou ali. Estamos bem.”
Distribuição
Após a distribuição das sementes, os técnicos dos Serviços Distritais de Atividades Económicas da FAO prestam assistência técnica aos produtores.
A prioridade é para a distribuição em famílias que sofreram danos nas colheitas, perderam alimentos e ficaram sem reservas de sementes, assim como as famílias chefiadas por mulheres, idosos e outros grupos desfavorecidos.
De Maputo para ONU News, Ouri Pota