Guterres: 18 milhões de afegãos necessitam de ajuda humanitária para sobreviver

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, expressa a sua preocupação com o agravamento da crise humanitária e económica no Afeganistão.

Quase metade da população do Afeganistão – 18 milhões de pessoas – precisa de ajuda humanitária para sobreviver. Um em cada três afegãos não sabe quando poderá tomar a sua próxima refeição. Estima-se que, até ao próximo ano, mais de metade de todas as crianças com menos de cinco anos estará gravemente desnutrida. A população está a perder o acesso a bens e serviços básicos.

Em comunicado, o secretário-geral da ONU adverte que “se aproxima uma catástrofe humanitária” e que “agora, mais do que nunca, as crianças, mulheres e homens afegãos precisam do apoio e da solidariedade da comunidade internacional.”

António Guterres reafirma o compromisso do sistema humanitário da ONU para com o povo afegão, relembrando que este ano a Organização já ajudou 8 milhões de pessoas. Na última quinzena, as Nações Unidas providenciaram alimentos a 80.000 pessoas e pacotes de ajuda humanitária a milhares de famílias deslocadas. Ontem, a organização transportou 12,5 toneladas de equipamento médico para o país.

“O Afeganistão atravessa uma seca severa e com um difícil inverno pela frente, alimentos extras, abrigo e equipamento médico devem ser enviados com urgência para o país.” – acrescenta Guterres – “Apelo para que todos facilitem o acesso seguro à ajuda humanitária, bem como a todos os trabalhadores humanitários – homens e mulheres.”

Guterres deixou ainda um apelo para que “todos os Estados-membros a pensem no povo do Afeganistão neste momento difícil e de extrema necessidade.”

 


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