Jordânia é um dos primeiros países a vacinar refugiados contra Covid-19

A Agência da ONU para Refugiados, Acnur, informou que a Jordânia se tornou um dos primeiros países do mundo a iniciar a vacinação contra a Covid-19 para refugiados.  

Segundo a agência, das 90 nações com estratégias de vacinação contra o novo coronavírus, 51 se comprometeram a incluir refugiados, mais da metade.

Unicef/Mariam Al-Hariri

Desde que o primeiro caso foi confirmado entre refugiados na Jordânia em setembro do ano passado, foram detectados mais 1.928 casos

Exemplo

Raia Alkabasi, uma refugiada iraquiana que vive na cidade de Irbid, no norte da Jordânia, foi a primeira a receber a vacina na Clínica de Irbid na semana passada. 

Em comunicado, o alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, disse que “mais uma vez, a Jordânia demonstrou liderança exemplar e solidariedade.”

Segundo ele, “o país inseriu os refugiados em todos os aspectos da resposta de saúde pública à pandemia, incluindo a campanha nacional de vacinação” para manter todos seguros.

O chefe do Acnur apelou aos países que sigam esse exemplo, incluindo os refugiados em suas campanhas de vacinação em pé de igualdade.

ONU/Evan Schneider

Alto comissário da ONU para Refugiados, Acnur, Filippo Grandi

Importância

O Acnur tem defendido a inclusão de refugiados, deslocados internos e apátridas através da Covax, a iniciativa global que reúne governos e fabricantes para que as vacinas cheguem aos mais necessitados. Os países de rendas baixa a média são prioridade desse apoio.

Segundo Grandi, “a maioria dos refugiados do mundo está hospedada em países de baixa e média rendas.” Ele disse que “a comunidade internacional deve fazer mais para apoiar os governos anfitriões com acesso às vacinas” porque “o acesso global e equitativo é o que acabará por proteger vidas e conter a pandemia.”

Como parte do plano nacional da Jordânia, iniciado na semana passada, qualquer pessoa que viva no país tem o direito de receber a vacina gratuitamente.

Unicef Nepal

Covax pretende distribuir pelo menos 2 bilhões de doses de vacinas em todo o mundo.

Cooperação

A cooperação entre o Acnur e o Ministério da Saúde jordaniano bem como a forte adesão dos refugiados às medidas de prevenção, tem sido fundamental para limitar a disseminação do vírus entre essas populações vulneráveis.

Desde que o primeiro caso foi confirmado entre refugiados na Jordânia em setembro do ano passado, foram detectados mais 1.928 casos.
A proporção de refugiados com Covid-19 também permaneceu baixa, cerca de 1,6%, em comparação com 3% entre a população jordaniana em geral.

O Acnur não está comprando vacinas, mas apoia os países de acolhimento de refugiados com outras intervenções de resposta, como medidas de saneamento, higiene e suporte logístico.
 


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