As Nações Unidas anunciaram que 13 operações humanitárias receberam US$ 150 milhões liberados pelo Fundo Central de Resposta a Emergências, Cerf. Dos países lusófonos, Angola deverá receber US$ 6 milhões.
A ONU apoia ações para enfrentar a seca extrema que atinge o sul do território angolano. O maior impacto é observado nas províncias de Namibe, Huíla e Cunene, afetando milhões de pessoas.
Solução
O subsecretário-geral para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, disse que os fundos destinados ao grupo de nações da África, Américas, Ásia e Oriente Médio visam impulsionar a resposta a crises subfinanciadas.
O coordenador Humanitário destacou que a maior alocação de todos os tempos representa uma tábua de salvação para milhões de afetados. A meta é acelerar a solução dos problemas mais urgentes de comunidades vulneráveis.
A ONU destaca que o financiamento do Cerf permite que contribuições dos doadores cheguem mais rápido às aéreas mais remotas.
A Visão Global Humanitária prevê que este ano 274 milhões de pessoas devem precisar de assistência, o maior número em décadas. A ação das Nações Unidas e parceiros pretende apoiar os 183 milhões mais vulneráveis com pelo menos US$ 41 bilhões.
Síria
A distribuição de fundos contempla US$ 25 milhões para a crise na Síria. Em seguida estão República Democrática do Congo com US$ 23 milhões, Sudão com US$ 20 milhões e Mianmar com US$ 12 milhões.
No Sahel, as operações de ajuda em Burquina Faso, no Chade e no Níger receberão US$ 10 milhões cada uma.
As doações também serão destinadas a nações como Haiti, Líbano, Madagascar, Quênia e Honduras.
Antes da entrega de fundos que reforçam a resposta a emergências subfinanciadas, a ONU analisa mais de 90 indicadores humanitários e consulta os envolvidos.
Com doações de mais de 130 Estados-membros e observadores, o Cerf já desembolsou cerca de US$ 7,5 bilhões a mais de 110 países e territórios desde que foi criado pela Assembleia Geral em 2005.