Mensagem do Secretário-Geral para o Dia Mundial das Instalações Sanitárias, 19 de dezembro de 2015

O saneamento é essencial à saúde humana e ambiental tal como para as oportunidades essenciais, desenvolvimento e dignidade. No entanto, hoje a nível mundial, uma em cada três pessoas não dispõe de acesso a boas condições de saneamento e uma em cada oito pessoas pratica defecação ao ar livre.

A recentemente adotada Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável reconhece o papel central do saneamento no desenvolvimento sustentável. A natureza integrada da nova agenda significa que temos de entender melhor as conexões entre os blocos de construção do desenvolvimento. Nesse espirito, o tema do Dia Mundial das Instalações Sanitárias foca-se no ciclo vicioso que liga um saneamento pobre e subnutrição.

Um saneamento e higiene pobres estão altamente associados a doenças e subnutrição. A cada ano, demasiadas crianças com idades inferiores aos cinco anos ficam com mazelas para sempre ou perdem as suas vidas devido a um saneamento pobre: mais de 800 mil em todo o mundo – ou uma a cada dois minutos- morre devido à diarreia e mais de metade das mortes infantis são devidas à subnutrição. Um quarto de todas as crianças com menos de cinco são atrofiadas e um número enorme de outras crianças e adultos ficam gravemente doentes, sofrendo consequências de saúde e desenvolvimento a longo prazo ou para a vida. Os pais acarretam o custo destas consequências. As mulheres em particular suportam o impacto direto.

Para além da chamada de ação moral e económica para o saneamento, o progresso é muito pouco e muito lento. O saneamento é a meta que menos está presente nos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio. Foi por isso que a Chamada de Ação para o Saneamento foi lançada em 2013 e a razão por que pretendemos terminar com a defecação ao ar livre até 2025.

A Agenda 2030 apela a que renovemos os nossos esforços em oferecer um acesso adequado ao saneamento em todo o mundo. Temos de continuar a educar e a proteger as comunidades em risco e a mudar as perspetivas culturais e práticas enraizadas que impedem a realização da dignidade.

Através de um trabalho em conjunto e através de uma discussão aberta e franca sobre a importância das instalações sanitárias e saneamento, podemos melhorar a saúde e bem-estar de um terço da família humana.


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