O secretário-geral das Nações Unidas emitiu uma nota condenando todos os ataques a áreas povoadas afetadas pelo conflito envolvendo a Armênia e o Azerbaijão em Nagorno-Karabakh.
António Guterres deplora a perda de vidas de civis, incluindo de crianças, em nota emitida pelo porta-voz. O chefe da ONU considera “totalmente inaceitável” o último ataque registrado entre sexta-feira e sábado na cidade de Ganja, assim como atos indiscriminados em áreas povoadas de localidades como Stepanakert/ Khankendi situadas dentro e ao redor da zona de conflito.
Combates
Guterres lamenta profundamente que as partes tenham continuamente ignorado os repetidos apelos da comunidade internacional pedindo o fim imediato dos combates.
Número de crianças e famílias com traumas psicológicos extremos e sofrimento causados nas últimas semanas é incontável.
Em telefonemas aos ministros das Relações Exteriores da Armênia e do Azerbaijão, o chefe da ONU disse ter reiterado que é obrigação de ambos os lados, de acordo com o Direito Internacional Humanitário, “tomar cuidado constante” para poupar e proteger as populações e a infraestrutura civil em operações militares.
Com o início da nova trégua humanitária deste domingo, Guterres espera que os envolvidos “cumpram o compromisso em pleno e retomem negociações substanciais sem demora” sob os auspícios dos copresidentes do Grupo de Minsk da Osce.
Ainda este fim de semana, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, disse que para as crianças é “terrível e inaceitável” o peso do conflito dentro e fora de Nagorno-Karabakh.
Para a agência, além do número crescente de mortes e feridos menores existem dezenas de casas e escolas danificadas ou destruídas. O número de crianças e famílias com traumas psicológicos extremos e sofrimento causados das últimas semanas é incontável.
Interesse
O Unicef lançou um apelo “nos termos mais fortes possíveis” para que as partes implementem de imediato o cessar-fogo humanitário de 9 de outubro.
A nota aponta ainda que crianças, famílias e instalações civis de que dependem devem ser protegidos como ditam leis de direitos humanos internacionais e o direito humanitário. A agência destaca ainda que o fim dos confrontos é do interesse de todas as crianças.