ONU organiza série de diálogos sobre África 

As Nações Unidas organizam até sexta-feira uma série de diálogos sobre África com o tema “Covid-19 e silenciando as armas na África: desafios e oportunidades”.

Na abertura do encontro, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que a pandemia “ameaça agravar as desigualdades de longa data e aumentar a fome, a desnutrição e a vulnerabilidade a doenças.”

Ameaças

Segundo o chefe da ONU, nos últimos anos, os governos africanos fizeram muito para promover o bem-estar do seu povo. O crescimento econômico tem sido forte, a revolução digital está acontecendo e uma área de comércio livre foi estabelecida.

Todos esses avanços estão agora em risco, mas António Guterres elogiou as medidas que têm sido tomadas. 

Segundo ele, a maioria dos governos atuou de forma rápida para fortalecer a coordenação regional, mobilizar profissionais de saúde e estabelecer quarentenas e fechamentos de fronteiras.

Também estão aproveitando a experiência adquirida com os vírus do HIV e ebola para combater rumores e aumentar a confiança da população no governo, forças de segurança e profissionais de saúde.

Segundo o secretário-geral, “as agências da ONU estão dando todo o apoio possível.”

Munição para armas de pequeno porte no Mali, antes de serem destruídas, Minusma/Marco Dormino

Nas últimas semanas, os voos de solidariedade entregaram milhões de kits de teste, respiradores e outros suprimentos, chegando a quase todo o continente.

Além disso, a organização lançou esse mês o Plano Global de Resposta Humanitária, no valor de US $ 6,7 bilhões, que pretende apoiar 22 países africanos enfrentando necessidades humanitárias. 

Armas

Para o secretário-geral, todos os esforços de combate à pandemia também serão essenciais para combater o extremismo violento no continente. António Guterres disse que “a pandemia está afetando a capacidade de apoiar os esforços de paz e segurança.”

O chefe da ONU agradeceu o apoio de vários países africanos ao seu apelo por um cessar-fogo global. Até o momento, 115 governos nacionais, mais de 200 grupos da sociedade civil e 16 grupos armados mostraram seu apoio. 

Olhando para o futuro, António Guterres afirmou que “vários processos políticos e eleições nos próximos meses têm o potencial de ser marcos importantes na estabilidade e paz” do continente. 


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