ONU perdeu 34 trabalhadores em ataques maliciosos em 2018

Pelo menos 34 funcionários e pessoas associadas às Nações Unidas foram mortas em ataques maliciosos enquanto prestavam serviços no mundo em 2018.

Deste número, 26 eram soldados de paz e oito civis, revela o relatório do Comitê Permanente para a Segurança e Independência da Função Pública Internacional do Sindicato dos Trabalhadores das Nações Unidas.

Cerimônia em homenagem aos 10 soldados da paz do Chade que foram mortos em 20 de janeiro em um ataque terrorista no norte do Mali. Foto: Minusma

Soldados

O documento anual revela ainda que a taxa de incidentes ocorridos em 2018 está entre as mais baixas dos últimos cinco anos. O número corresponde a menos da metade dos 71 casos fatais que aconteceram em 2017.

No ano passado, a Missão das Nações Unidas no Mali, Minusma, foi a que teve o maior número de pessoas que morreram prestando serviço para a ONU. Foram 11 soldados da força de paz que perderam a vida em campo, pelo quinto ano seguido em que a operação de paz está à frente em termos de lugares com mais casos fatais.

Monusco 

A posição seguinte é ocupada pela Missão da ONU na República Democrática do Congo, Monusco, com oito soldados de paz mortos. A terceira operação de paz que teve mais mortos foi a da República Centro-Africana, com sete soldados.

De acordo com o estudo, pelo menos 344 pessoas associadas às Nações Unidas morreram em ataques maliciosos e deliberados que aconteceram desde 2012.

A presidente do Sindicato dos Funcionários das Nações Unidas, Bibi Sherifa Khan, disse que o pessoal da organização realiza seu trabalho em lugares “que estão entre os mais perigosos do mundo”.

A representante destacou que qualquer corte no orçamento das operações de manutenção da paz aumentaria os perigos enfrentados pelos trabalhadores desse setor e colocaria em risco as metas e objetivos da organização.

Bibi Sherifa Khan quer que, ao enviar funcionários para trabalhar em zonas de conflito, a ONU garanta, junto com os Estados-membros, “que existem recursos necessários e que os responsáveis pelos ataques sejam levados à justiça”.

Unicef/Ashley Gilbertson

Capacates azuis da ONU escoltam um comboio da UNICEF na República Centro-Africana, em setembro de 2018.


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