ONU quer investigação imediata de ataque que matou boinas azuis no Mali 

O Conselho de Segurança pediu investigação imediata ao ataque fatal com um dispositivo explosivo improvisado lançado na segunda-feira contra um comboio da Missão da ONU no Mali, Minusma.  

Dois soldados de paz do Egito morreram e outros quatro malianos ficaram feridos no incidente ocorrido na área central de Mopti. 

Justiça  

Em comunicado, os 15 Estados-membros do órgão apelam ao governo de transição do Mali que leve os responsáveis ​​à justiça.  

O comunicado sublinha que ataques contra as forças de manutenção da paz podem ser considerados crimes de guerra segundo o direito internacional.  

Presença internacional na que é considerada a mais perigosa missão de paz do mundo enfrenta ameaças diariamente

ONU/Marco Dormino

Presença internacional na que é considerada a mais perigosa missão de paz do mundo enfrenta ameaças diariamente

O Conselho ressalta que o envolvimento no planejamento, na direção, no patrocínio ou na condução desses atos contra as forças de paz da Minusma é uma base para imposição de sanções de acordo com as resoluções do órgão. 

O pronunciamento ressalta ainda que o terrorismo em todas as suas formas e manifestações é uma das mais sérias ameaças à paz e segurança internacionais. 

Logística  

A operação de paz informou que as forças foram atacadas quando o comboio seguia com apoio logístico para a cidade de Timbuktu, no norte. 

Campo da Minusma em Timbuktu após ataque em 2017.

Foto ONU/Sylvain Liechti

Campo da Minusma em Timbuktu após ataque em 2017.

O representante especial da ONU no Mali, El-Ghassim Wane, condenou o ato com veemência destacando que o combate aos insurgentes acontece na última década naquela região. 

O também chefe da Minusma enfatizou que o tipo de ataque “é mais um lembrete da necessidade urgente de esforços ainda mais sustentados para estabilizar o centro do Mali”. 

Ele acrescentou que a presença internacional na que é considerada a mais perigosa missão de paz do mundo enfrenta diariamente o tipo de ameaça “à medida que se esforça para promover a paz no Mali”.  

A organização estima que mais de 250 soldados de paz já perderam a vida desde 2013 no país da África Ocidental.