A Organização Mundial do Turismo, OMT, destaca que após as dificuldades nos dois anos da pandemia “repensar totalmente o setor pode representar uma oportunidade”.
A diretora executiva Zoritsa Urosevic, declarou, no entanto, que a retomada da indústria turística global precisa de cooperação internacional e novas ideias.
Pandemia
A agência das Nações Unidas integrando 160 Estados-membros destaca que antes da paralização pela crise houve 1,5 bilhão de chegadas internacionais. A contribuição foi de 7% ao Produto Interno Bruto global.
Com a Covid-19, cerca de 70% da queda nesse rendimento se deveu à interrupção do turismo. Apoiar a recuperação do setor foi destaque na 24ª. sessão da Assembleia Geral da OMT realizada em dezembro, em Madrid.
A representante apontou que houve uma transformação de muitos países da diversificação do turismo internacional para o doméstico.
A agência está defendendo que este é um momento favorável para uma harmonização nesse aspecto e definiu políticas para ajudar a melhorar a indústria em nível nacional.
Fluxos financeiros
Outra oportunidade “muito importante para o futuro e para a recuperação” é aproveitar os fluxos financeiros disponíveis ou investir cada vez mais no ecoturismo.
A representante da OMT disse que a agência está receptiva a inovações e tem melhorado a conexão com parceiros como a mídia e redes de ministérios do turismo.
Para as pessoas e comunidades dependentes do setor turístico a sugestão é potenciar o treinamento.
Expectativa de recuperação
Estima-se que nos primeiros sete meses do ano passado o turismo internacional tenha caído 80% em relação aos níveis anteriores à pandemia.
Apesar da melhora relativa no período em relação a 2020, o desempenho esteve bem abaixo de 2019.
Uma análise feita por um Painel de Peritos da OMT sinaliza uma possível recuperação do turismo em 2022.
A situação seria impulsionada pela demanda, principalmente durante o segundo e terceiro trimestre do ano.
Para 2023, a recuperação deverá continuar, mas um retorno de chegadas a níveis de 2019 deverá ocorrer em 2024 ou ainda mais tarde.
*Com reportagem de Bessie Du, da ONU News em Genebra.