Somália : ONU lança um alerta para a crise alimentar

O Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) advertiu, hoje, que, sem o financiamento imediato das operações das Nações Unidas, agravar-se-ão os níveis de desnutrição e de doenças crónicas em duas regiões da Somália.

Segundo o OCHA, existem mais de 200 000 crianças desnutridas na Somália, das quais 60 000 sofrem de desnutrição grave e necessitam de cuidados imediatos para sobreviver, informou a Porta-voz Adjunta do Secretário-Geral, Marie Okabe, durante o encontro diário com a imprensa na Sede da ONU, em Nova Iorque.

Segundo o OCHA, a crise actual é consequência da falta de chuva, das más colheitas, da depreciação do shilling somali e das ameaças aos organismos humanitários.

As Nações Unidas acreditam que o número de pessoas que precisam de ajuda alimentar ultrapassará os 2,6 milhões durante o próximo semestre e atingirá os 3,5 milhões até final do ano, nomeadamente nas regiões de Hiran e Bakool onde a seca dura há já quatro estações.

Por outro lado, o preço dos alimentos poderá manter-se a um nível elevado, tanto no caso dos produtos locais como no dos importados.

Por último, diz o relatório do OCHA, a Somália atravessa a situação mais grave dos últimos 17 anos no domínio da segurança, com um aumento dos ataques que visam directamente a assistência humanitária.

 

 

(Baseado numa notícia divulgada pelo Centro de Notícias da ONU, a 25/02/2009)


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