A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, pediu uma investigação dos assassinatos de dois radialistas, um no México e outro na Nigéria. Os dois crimes ocorreram em janeiro.
O jornalista mexicano, Fidel Ávila Gómez, do estado de Michoacán, apresentava programas na rádio La Ka Buena, na cidade de Huétamo.
Rádio
O desaparecimento dele foi confirmado no início de dezembro. O corpo foi encontrado com sinais de ferimentos a bala na cidade de San Lucas.
Em nota emitida esta quinta-feira em Paris, a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, pediu às autoridades mexicanas para investigarem completamente as circunstâncias da morte do radialista e cobrou justiça.
Debate
Azoulay disse que é preciso manter o Estado de direito no “interesse da liberdade de imprensa, que é a pedra angular do debate democrático em qualquer sociedade.”
O assassinato do radialista nigeriano, Maxell Nashan, ocorreu em 15 de janeiro. Ele trabalhava numa emissora do estado de Adamawa, no nordeste do país.
Nashan era repórter e apresentador de notícias e fazia parte da Corporação Federal de Rádio da Nigéria, Frcn.
Ele foi sequestrado e encontrado inconsciente e gravemente ferido. O radialista chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital. Ele já havia recebido ameaças.
A chefe da Unesco pediu à Nigéria que investigue o crime e disse que os crimes contra jornalistas não podem ficar impunes em nome “do interesse da liberdade de imprensa, do direito humano fundamental e da liberdade de expressão, além do Estado de direito.”