Vacinação contra a covid-19 evitou a morte de quase meio milhão de Europeus

Um novo estudo do Gabinete Regional da OMS para a Europa e do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças estima que 470 mil vidas foram salvas entre as pessoas com 60 ou mais anos desde o início do lançamento dos planos de vacinação contra a covid-19 em 33 países da Região Europeia da OMS.

Hans Henri P. Kluge, director regional da OMS para a Europa, afirma que: “A covid-19 tem causado um número de mortes devastador na nossa região, mas podemos agora afirmar categoricamente que sem as vacinas contra a covid-19 como instrumento para conter esta pandemia, muito mais pessoas teriam morrido.”

Desde Dezembro de 2019, foram registadas mais de 1,5 milhões de mortes causadas pela covid-19 nos países da Região Europeia da OMS, sendo que 90,2% destas pessoas tinham 60 anos de idade ou mais. O rápido desenvolvimento e administração das vacinas contra a covid-19 tem proporcionado a tão necessária protecção contra doenças graves e a morte de milhões de pessoas mais vulneráveis; no entanto, o estudo aponta que a rapidez e extensão da implantação destas vacinas nos países da Região é desigual.

Os autores do estudo estimaram o número de mortes entre adultos com 60 anos ou mais em 33 países da Região Europeia que teriam ocorrido sem quaisquer vacinas, utilizando a contagem semanal real de mortes relatadas. Em seguida, calcularam o número de vidas salvas devido à vacinação contra a covid-19 como a diferença entre estas estimativas e o número de mortes comunicadas entre Dezembro de 2020 e Novembro de 2021 de pessoas com 60 anos de idade ou mais.

UN Photo/Harandane Dicko

Os resultados apontam para que a vacinação contra a covid-19 tenha salvo 469.186 vidas neste grupo etário nos 33 países durante o período do estudo – reduzindo o número esperado de mortes em aproximadamente metade. Em Portugal, a administração de vacinas contra a covid-19 terá prevenido a morte de 14.222 pessoas com 60 ou mais anos, reduzindo a taxa de mortalidade do vírus em 54%.

A directora do CEPCD, Andrea Ammon, considera que “as consequências das baixas taxas de vacinação em alguns países estão actualmente a reflectir-se em sistemas de saúde sobrecarregados e em altas taxas de mortalidade. Instamos os Estados-membros [da União Europeia] a continuarem os esforços para colmatar os défices de imunização, especialmente entre os indivíduos mais vulneráveis e os que correm maior risco de terem sintomas graves provocados pela covid-19.”


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