A inclusão não pode ser exceção 

No mundo, estima-se que cerca de 2.2 mil milhões de pessoas têm algum tipo de incapacidade visual, sendo que dessas, mil milhões podiam ter sido evitados, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Por sua vez, Portugal registou mais de 35 mil pessoas invisuais e 589 mil com perda parcial de visão em 2015, segundo a Direção-Geral de Saúde (DGS).  

A 4 de janeiro celebra-se o Dia Mundial do Braille, que nada mais é do que uma representação tátil de símbolos numéricos e alfabéticos através de seis pontos que representam letras, números e até figuras musicais. A ONU celebra esta data desde 2019 de modo a aumentar a sensibilização sobre a importância do braille como meio de comunicação na plena realização dos direitos humanos das pessoas invisuais. 

As pessoas portadoras de deficiência, mais de mil milhões em todo o mundo, têm menos probabilidades de aceder aos cuidados de saúde, de educação, obter emprego ou de participarem ativamente nas suas comunidades. Assim, têm uma maior probabilidade a viver em condições de pobreza, serem vítimas recorrentes de violência, de negligência e de abuso, sendo que estão entre as mais marginalizadas em qualquer comunidade. 

Sejam incapacidades visuais, auditivas, motoras, psicológicas ou físicas, devem ser respeitadas e não ignoradas. As sociedades estão a crescer e há cada vez mais mecanismos e estratégias de adaptação para tudo o que é diferente da norma, sem que isso tenha uma conotação ou um impacto negativo. O braille é um exemplo, assim como a língua gestual, a existência de campeonatos paralímpicos, entre muitos outros. 

A inclusão é um processo fundamental para a construção de comunidades pacíficas, justas e sustentáveis.  


Direito Internacional e Justiça

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