Altos Funcionários da ONU reagem a acusações de corrupção contra o antigo Presidente da Assembleia-Geral

Altos Funcionários das Nações Unidas demonstraram-se “chocados” e perturbados ao terem tomado conhecimento das “acusações graves” anunciadas esta semana por Procuradores Federais dos Estados Unidos contra John Ashe, antigo Presidente da Assembleia-Geral das Nações Unidas.

Anteriormente à sua nomeação de Presidente da 68ª sessão da Assembleia-Geral em setembro de 2013, John Ashe desempenhava o cargo de Representante Permanente da Missão da Antígua e Barbuda junto das Nações Unidas. O Ex-Presidente foi preso esta semana em Nova Iorque.

Falando numa conferência de imprensa da ONU, o porta-voz do Secretário-Geral afirmou que estas acusações “atingiam o coração da integridade das Nações Unidas”.

O Porta-Voz ainda informou os jornalistas que o Organismo Internacional não tinha tomado conhecimento das investigações levadas a cabo por juristas americanos até que estas tenham sido destacadas pela imprensa.

 “Obviamente se formos contactos pelas autoridades norte-americanas relevantes, cooperaremos com elas”.

Ao mesmo tempo, o atual Presidente da 70ª sessão da Assembleia-Geral e antigo Porta-Voz do Parlamento Dinamarquês, Mogens Lykketoft, realizou uma conferência de imprensa onde sublinhou que só poderia subscrever as palavras do Porta-Voz do Secretário-Geral.

O atual Presidente afirmou que quando aceitou o seu cargo atual, comprometeu-se a defender os princípios da Organização durante o seu mandato, afirmando que “a corrupção não pode ter lugar nas Nações Unidas e em qualquer outro sítio”.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon pediu ao Escritório de Serviços de Supervisão Interna (OIOS) levasse a cabo uma investigação sobre as relações entre a ONU, a Fundação Global de Sustentabilidade e o Grupo Sun Kian Ip, tal como sobre a utilização de quaisquer fundos recebidos destas entidades.

O Porta-Voz de Ban Ki-moon acrescentou: “O Secretário-Geral está preocupado com a natureza severa destas acusações, que atingem o coração e o trabalho das Nações Unidas e dos seus Estados-Membros”.

O Secretário-Geral reafirma que não haverá tolerância para qualquer tipo de corrupção nas Nações Unidas ou sob a sua bandeira. Ban Ki-moon está comprometido a que os fundos recebidos de entidades privadas sejam devidamente geridos de acordo com as normas e regulações relevantes da ONU”.

08 de outubro de 2015, Centro de Notícias da ONU/Traduzido & Editado por UNRIC


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