António Guterres condena ataques terroristas perto do aeroporto de Cabul

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, condenou os ataques terroristas nos arredores do aeroporto de Cabul, no Afeganistão, que causaram pelo menos 72 mortos e deixaram cerca de 140 pessoas feridas. O chefe máximo da organização, convoca reunião do Conselho de Segurança, para segunda-feira, com o intuito de discutir a situação do país, após os atentados.

As agências da ONU a operar no terreno também se manifestaram. O Programa Alimentar Mundial (PAM) relembra que um em cada três afegãos passam fome e 2 milhões de crianças desnutridas precisam urgentemente de tratamento. Por sua vez a Organização Internacional das Migrações (OIM) afirma que 5.5 milhões de afegãos saíram das suas casas.

Foto: © Chema Moya/EPA

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou os ataques terroristas nos arredores do aeroporto de Cabul e expressa o seu apoio aos feridos e às famílias das vítimas. Segundo porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, “o chefe máximo da ONU condena ataque terrorista que matou e feriu diversos civis”. Dujarric sublinhou que era responsabilidade das autoridades proteger os civis e as infraestruturas civis, incluindo o aeroporto. De acordo com relatos da comunicação social, homens-bomba atingiram os portões do aeroporto com, pelo menos, duas explosões.

O porta-voz acrescenta que a ONU está a fazer a contagem de funcionários, mas até agora, não há nenhuma indicação de perdas de pessoal da Organização, embora alguns funcionários estivessem perto do aeroporto.

Conselho de Segurança na segunda-feira

António Guterres convocou uma reunião do Conselho de Segurança para a próxima segunda-feira para discutir situação do país, após os atentados. O porta-voz da ONU assegurou que António Guterres está a “seguir de perto a situação em Cabul” e acrescenta que o incidente realça a volatilidade da situação no Afeganistão, mas também fortalece a determinação da ONU em apoiar o povo afegão.

Ajuda alimentar

Este conflito aliado à seca extrema e pandemia têm deixado o povo afegão à beira de uma catástrofe humanitária. O PAM relatou que um em cada três afegãos, ou 14 milhões de pessoas, passam fome e dois milhões de crianças desnutridas precisam urgentemente de tratamento. Com as vias aéreas cortadas, o PAM está a trabalhar na possibilidade de fazer chegar alimentos por via terrestre, o que está a ser cada vez mais difícil.

Pessoas deslocadas internamente

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) lançou um apelo urgente de 24 milhões de dólares para ajudar as centenas de milhares de pessoas deslocadas dentro do país. Atualmente, cerca de 5,5 milhões de afegãos estão deslocados internamente, sendo que mais de 550 mil passou a integrar as estatísticas, em 2021. Deste número, quase metade abandonou suas casas com o avanço dos Talibãs a partir de julho.

Segundo o chefe da Missão da OIM no Afeganistão, Stuart Simpson, a agência está a trabalhar para aumentar as operações e atender às necessidades mais urgentes.

 

 


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