Ban apresenta Plano de Ação para Prevenir o Extremismo Violento

O Secretário-geral das Nações Unidas, Ban ki-moon, irá apresentar à Assembleia-Geral o seu Plano de Ação para Prevenir o Extremismo Violento durante um encontro informal, no dia 15 de janeiro de 2016, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.

Nos últimos anos, grupos terroristas como o ISIS, a Al-Qaeda e o Boko Haram moldaram a nossa imagem da violência extremista e o debate sobre como lidar com esta ameaça. Essas mensagens de intolerância – religiosa, cultural, social – tiveram drásticas consequências em muitas regiões do mundo. Recorrendo aos meios de comunicação, muitas vezes em direto, disseminaram os seus crimes atrozes e procuram desafiar os  valores de paz, justiça e dignidade humana.

Neste Plano de Ação, o Secretário-geral apela a uma abordagem alargada que inclua não apenas medidas de combate ao terrorismo, essenciais para a segurança, mas também medidas preventivas sistemáticas, que permitam abordar as condições subjacentes que levam os indivíduos a radicalizarem-se e a juntarem-se aos grupos extremistas.

O Plano de Ação é um apelo a um esforço de concertação por parte da comunidade internacional, e contém mais de 70 recomendações para os Estados-membros e o sistema das Nações Unidas, com o objetivo de prevenir uma maior propagação da violência extrema.

Esta proposta de Ban Ki-moon foi desenvolvida através de um extenso processo de consulta inter-agências, com base nos resultados das reuniões de alto-nível da Assembleia-Geral e do Conselho de Segurança da ONU, nas instruções dos Estados-membros e nos contributos saídos de encontros regionais e internacionais.

O Plano de Ação recomenda que cada Estado-membro desenvolva o seu próprio plano de ação nacional para prevenir o extremismo violento, com foco em sete áreas prioritárias:

1. Diálogo e prevenção de conflitos

2. Reforço da boa governação, dos direitos humanos e do Estado de direito

3. Envolvimento das comunidades

4. Capacitação da juventude

5. Promoção da igualdade de género e do empoderamento das mulheres

6. Educação, desenvolvimento de competências e facilitação de emprego

7. Comunicação estratégica, inclusive através da Internet e das redes sociais

O Secretário-geral apela à Assembleia-Geral para que esteja unida, harmonize as suas ações e procure abordagens inclusivas para fazer face à divisão, intolerância e ódio espalhados pelos grupos terroristas e extremistas. Ban Ki-moon apela a uma mobilização retumbante em nome da paz, da justiça e da dignidade humana. A unidade em prol de uma atitude íntegra e de defesa destes valores vai superar a retórica que apela ao extremismo violento.

14 de dezembro de 2015, Editado por UNRIC


Direito Internacional e Justiça

Entre as maiores conquistas das Nações Unidas está o desenvolvimento de um corpo de leis internacionais, convenções e tratados que promovem o desenvolvimento económico...