Caso se confirme, bomba de hidrogénio da Coreia do Norte viola resoluções do Conselho de Segurança

No seguimento do anúncio feito pela República Popular Democrática da Coreia (RPDC) – conhecida por Coreia do Norte – de que teria realizado um teste de bomba de hidrogénio, o diretor da Agência Internacional de Energia Atómica da ONU (AIEA, no acrónimo em Inglês), Yukiya Amano, afirmou que este viola claramente as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e é “profundamente lamentável”, caso venha a ser confirmado.

 “Apelo vigorosamente à RPDC para que implemente todas as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e da AIEA”, afirmou Yukiya Amano, num comunicado.

O diretor da AIEA acrescentou que a agência permanece disponível para contribuir para uma resolução pacífica do problema nuclear da RPDC “através de um retorno à monitorização de atividades nucleares na RPDC, uma vez que seja alcançado um acordo político entre os países interessados”.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, também considerou deplorável que se possa ter sido levado a cabo um teste nuclear subterrâneo, que classificou de “profundamente preocupante e uma violação de inúmeras resoluções do Conselho de Segurança da ONU, apesar do apelo da comunidade internacional para cessar tais atividades”.

“Este ato é profundamente desestabilizador para a segurança regional e prejudica seriamente os esforços internacionais de não-proliferação. Condeno-o inequivocamente”, disse Ban aos jornalistas, na sede da ONU, em Nova Iorque.

Entretanto, a Organização do Tratado de Interdição Completa de Ensaios Nucleares (CTBTO, no acrónimo em Inglês) afirmou que os seus peritos “estão a analisar o evento para apurar mais factos”.

“Se se confirmar que se trata de um teste nuclear, tal ato constitui uma violação de uma norma universalmente aceite contra os testes nucleares, uma norma que foi respeitada por 183 países desde 1996”, afirmou a secretária-executiva da CBTO, Lassina Zerbo, num comunicado.

 “Trata-se, também, de uma ameaça grave à paz e segurança internacional. Apelo a RPDC para que se abstenha de realizar testes nucleares e que se junte aos 183 Estados signatários do Tratado de Interdição Completa de Ensaios Nucleares”, acrescentou.

06 de janeiro de 2016, Centro de Notícias da ONU/Traduzido & Editado por UNRIC


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