Comandante da GNR destaca contribuição portuguêsa às missões de paz da ONU

08/06/2016 – Portugal atua em operações das Nações Unidas no terreno desde 1992; diretor nacional da Polícia de Segurança Pública falou à Rádio ONU sobre cooperação com países de língua portuguesa.

O comandante da Guarda Nacional Republicana de Portugal, tenente-general Manuel Couto, participou do Encontro de Cúpula da Polícia das Nações Unidas ou UNCOPS, encerrado em 3 de junho.

A reunião contou com representantes de 110 países, incluindo a maioria das nações de língua portuguesa. Nesta entrevista à Rádio ONU, em Nova Iorque, Manuel Couto explicou a contribuição portuguesa à polícia da ONU.

Relevo

“Desde Timor-Leste, Haiti, República Centro-Africana, na Bósnia e Herzegovina. Desde 1992 que Portugal tem vindo a participar, tendo já participado com cerca de 3,5 mil polícias e Guarda Nacional Republicana. Destacaria o relevo e o reconhecimento que tem sido feito à participação dos polícias portugueses nessas missões das Nações Unidas.”

O encontro, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, na última sexta-feira, foi o primeiro desta natureza e contou com a participação de representantes das 18 missões de paz.

“Onde estão a participar cerca de 110 países que vêm demonstrar o seu empenho no desenvolvimento das capacidades das polícias das Nações Unidas no apoio a países que precisem dessas capacidades.”

CPLP

O diretor nacional da Polícia de Segurança Pública de Portugal, Luís Farinha, também participou do encontro e falou à Rádio ONU sobre a cooperação com as missões de paz da ONU e nações da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, CPLP.

“Nós temos no âmbito da CPLP uma cooperação muito forte. No plano bilateral desde sempre com os países que integram a CPLP quer na área da formação, a nível superior, com nosso Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna, quer no intercâmbio de experiências, por exemplo, em matérias mais especializadas em operações especiais policiais e etc. Temos o feito com o Brasil, mas temos o feito por exemplo também com Moçambique, com São Tomé e Príncipe, com Cabo Verde, com a Guiné, com tudo aquilo que é uma cooperação que envolva a natureza técnica das polícias.”

O contigente policial da ONU trabalha com cerca de 93 mil boinas-azuis para proteger a população nos países que recebem as operações.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.


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