Negociações para a paz no Iémen decorrem sob auspícios da ONU na Suíça

Depois de meses de violência implacável no Iémen, começaram, a 15 de dezembro, na Suíça, negociações de paz facilitadas pela Organização das Nações Unidas, com vista a encontrar uma solução duradoura para a crise, incluindo o estabelecimento de um cessar-fogo permanente, garantir melhorias para a situação humanitária e iniciar uma transição política pacífica e ordeira.

As negociações, com 24 representantes iemenitas e seus assessores, são lideradas pelo enviado especial da ONU para o Iémen, Ismail Ould Cheikh Ahmed, que anunciou que as partes tinham concordado com um cessar das hostilidades.

Congratulando-se com essa declaração, que considera um “primeiro passo crítico para a construção de uma paz duradoura no país”, Ould Cheikh Ahmed realçou a necessidade absoluta de encontrar uma solução duradoura, advertindo que “quem não participar na solução estará, efetivamente, a ajudar a perpetuar a crise”.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, saudou as conversações e acrescentou, em comunciado, que o diálogo pacífico e inclusivo é a única maneira de “acabar com o sofrimento e reconstruir a confiança e respeito mútuo entre os iemenitas, depois de meses de guerra civil e de milhares de vidas perdidas”.

Ban Ki-moon manifestou confiança na carta que recebeu, esta semana, do Pacto das Mulheres Iemenitas para a Paz e Segurança, e expressou a esperança de que as conversações resultem no fim do conflito militar, marcando o retorno do país à paz sustentável.

O líder da ONU reiterou, no comunicado, a necessidade de valorizar “a participação significativa das mulheres no processo de paz, em conformidade com as resoluções 1325 (2000) e 2241 (2015) do Conselho de Segurança”.

Ban exortou todas as partes nas conversações de paz a agirem de forma construtiva e de boa fé, centrando-se na salvaguarda do interesse nacional, para chegarem a acordo sobre medidas práticas que permitam acabar com o sofrimento do povo do Iémen.

Ban Ki-moon também encorajou todos os países da região e outros Estados-membros das Nações Unidas a criarem um ambiente propício para as negociações.

 16 de dezembro de 2015, Centro de Notícias da ONU/Traduzido & Editado por UNRIC


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