O fim da COP27 é o início de uma ação climática fortalecida 

A COP27 deveria terminar já sexta-feira, porém, alguns assuntos estão ainda pendentes, razão pela qual o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou a todos os envolvidos para enfrentarem a urgência climática e tentarem chegar a um acordo sobre as soluções necessárias para combater esta crise.  

Durante o seu discurso, o chefe da ONU relembrou os líderes presentes na COP que a forma mais eficaz de reconstruir a confiança entre o Norte e o Sul é encontrar acordos ambiciosos e credíveis para compensar as perdas e os danos dos países menos desenvolvidos. Neste sentido, afirmou que “não podemos continuar a negar justiça climática àqueles que menos contribuíram para esta crise e que mais sofrem com ela.” 

O líder da ONU abordou também a importância de se atingir a meta de manter o aquecimento global abaixo dos 1.5Cº, acrescentando que, para isso ser possível, é necessário investir na transição energética. Por conseguinte, não só salientou a importância das energias renováveis declarando que estas “são a saída de emergência da autoestrada do inferno climático”, como também criticou a expansão das empresas de combustíveis fósseis que estão a “apoderar-se da humanidade”.  

Não deixando de parte a questão financeira, Guterres pediu que os 100 mil milhões de dólares anuais prometidos na COP15 de Copenhaga fossem entregues. Apelou, por isso, às partes envolvidas que duplicassem o investimento na adaptação e reforma climática. 

O secretário-geral terminou recordando que o “relógio climático não para” e que ainda há a possibilidade de fazer a diferença, mas a ação tem de ser rápida.  


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