OMS e parceiros necessitam de 2,2 mil milhões de dólares face a recorde de necessidades humanitárias de saúde

O tumulto contínuo na Síria e o impacto da seca na Etiópia estão entre as várias crises com forte impacto ao nível da necessidade de ajuda humanitária de emergência na área da saúde, pelo que a Organização Mundial de Saúde (OMS) apela, em conjunto com os seus parceiros, a que sejam feitos donativos no valor de 2,2 mil milhões de dólares para ajudar 79 milhões de pessoas, em mais de 30 países.

De acordo com o Plano de Resposta Humanitária da OMS para 2016, lançado, esta semana, em Genebra (Suíça), a agência e os seus parceiros de saúde estão a trabalhar em conjunto para providenciarem serviços de saúde urgentes, incluindo medicamentos essenciais, vacinas e tratamento para doenças como a cólera e o sarampo, muitas vezes em ambientes inseguros e extremamente difíceis.

Coletivamente, são necessários 2,2 mil milhões de dólares para fornecer serviços de saúde de salvamento, dos quais 480 milhões para os programas da OMS.

 

“Situação vai pioriar”

“Os riscos para a saúde causados pelas emergências humanitárias atingiram um nível recorde”, disse Bruce Aylward, diretor executivo interino da OMS para os Surtos e Emergências de Saúde, em comunicado à imprensa.

“E a situação vai piorar. O crescente impacto dos conflitos prolongados, das deslocações forçadas, das alterações climáticas, da urbanização não planeada e das mudanças demográficas fazem com que as emergências humanitárias sejam cada vez mais frequentes e severas”, acrescentou.

Na Síria, uma das maiores emergências humanitárias, a OMS e os seus parceiros estão a procurar fundos para fornecerem serviços de saúde a 11,5 milhões de pessoas, incluindo cuidados de saúde mental e vacinas, medicamentos e material cirúrgico para quase cinco milhões de refugiados sírios que vivem nos países vizinhos.

A OMS também necessita de fundos urgentes para apoiar 6,8 milhões de pessoas ameaçadas pela pior seca, em décadas, na Etiópia, sendo uma das prioridades providenciar serviços de saúde de emergência para salvar as vidas de mais de 400 mil crianças severamente malnutridas.

Em acréscimo às mais de 30 emergências prolongadas, a OMS está também a responder a emergências súbitas como o Ciclone Winston que atingiu Fiji, em Fevereiro de 2016, e a surtos de  doenças transmissíveis, nos quais se inclui o vírus Zika, o permanente risco do Ébola na África Ocidental e o pior surto de febre amarela da Angola, em 30 anos.

Numa das mais profundas transformações na sua história, a OMS está a levar a cabo um novo Programa de Emergências de Saúde que irá aumentar a capacidade operacional nos países e providenciar uma resposta rápida e efetiva para todos os tipos de emergências de saúde, incluindo surtos e crises humanitárias.

6 de abril de 2016, Centro de Notícias da ONU/Traduzido & Editado por UNRIC


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