A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) condenou a destruição de partes da cidade antiga de Bosra na Síria durante confrontos, alertando o mercado mundial de arte para o tráfico potencial de artefactos do local que é património mundial.
“A destruição que se assitiu em Bosra representa uma escalada maior do horror da Guerra e tem de ser travada de uma vez por todas para permitir que as partes interessadas cheguem a um acordo no terreno de forma a preservar o património insubstituível de Bosra”, afirmou a Diretora-Geral da UNESCO, Irina Bokova do local que contém ruínas romanas, bizantinas e muçulmanas, incluindo um magnífico teatro romano do século II.
Uma maior deterioração do local é temida devido a danos severos no pátio ocidental adjacente ao teatro e em partes da citadela de Ayyubid nos seus arredores.
O teatro, uma exeção devido à sua arquitetura e estado de conservação, foi provavelmente mandado construir por Trajano, que governou o Império Romano de 98 D.C a 177 D.C. Entre 481 e 1251, tornou-se parte do forte de uma poderosa citadela que vigiava a estrada para Damasco.
“A proteção de locais culturais integra-se na proteção de vidas humanas, sendo que é essencial para o restabelecimento da paz na Síria”, afirmou Irina Bokova.
“O teatro romano de Bosra incorpora a diversidade rica da identidade do povo sírio e apelo a todos os profissionais de cultura do mundo e em particular aos do mercado das artes, que estejam extremamente atentos para combater o tráfico de artefactos de Bosra”.
Irina Bokova tem condenado frequentemente a destruição de locais culturais e arqueológicos na guerra da Síria e Iraque. Os extremistas “nunca serão capazes de apagar a história”, declarou em outubro após o Estado Islâmico do Iraque e Levante (ISIL) ter destruído o Arco do Triunfo de Palmira, outro local importante sírio que é património mundial.
Bosra, outrora capital da província romana de Arabia e uma escala importante na antiga rota de caravana para Meca, foi inscrita na lista de Património Mundial da UNESCO em 1980.
“Os principais monumentos que permanecem de Bosra, refletem o valor universal deste local”, afirmou a agência na altura.
26 de dezembro de 2015, Centro de Notícias da ONU/Traduzido & Editado por UNRIC