Papa pede aos líderes um acordo forte na Conferência da ONU sobre Alterações Climáticas

O Sumo Pontífice visitou, na quinta-feira, a sede do Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA), em Nairobi (capital do Quénia), onde defendeu a adoção de sistemas de energia de baixo carbono e criticou a cultura que contribui para emissão de gases com efeito estufa.

A mensagem do líder da Igreja Católica surge a poucos dias da Conferência da Conferência da ONU sobre Alterações Climáticas (COP21), que será realizada de 30 de novembro a 11 de dezembro de 2015, em Paris (capital da França).

Saiba tudo sobre a COP21 nestes artigos do UNRIC: Parte I e Parte II.

O Papa Francisco pediu aos líderes mundiais para fecharem um acordo forte na COP21 e disse que “será triste e até mesmo catastrófico” se os interesses particulares prevalecerem sobre o bem comum durante a reunião.

Segundo o Papa, existe uma escolha que não pode ser ignorada: “melhorar ou destruir o meio ambiente”, sendo que a COP21 representa um passo importante no processo de desenvolver um novo sistema de energia que dependa o mínimo possível de combustíveis fósseis.

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Obrigação política e económica

Francisco destacou que “existe a grande obrigação política e económica de se repensar e corrigir disfunções e distorções do modelo atual de desenvolvimento”.

O líder do Vaticano advogou, também, a necessidade de se acabar com o consumo insustentável e os padrões de produção que contribuem para a poluição, para a degradação dos ecossistemas e para a mudança climática.

Um relatório do PNUMA, lançado no início do mês, mostrou que é esperado um compromisso dos países de redução de 4 a 6 gigatoneladas de dióxido de carbono por ano, até 2030.

Mas esse total é 12 gigatoneladas menor do que o nível necessário para evitar que a temperatura média do planeta suba mais do que 2ºC neste século.

Durante a visita do papa, o diretor do PNUMA elogiou o pontífice por sua liderança moral em assuntos ligados ao meio ambiente.

Achim Steiner disse que, num ano crítico, a noção poderosa do papa Francisco sobre “a globalização da indiferença” atinge o coração dos desafios éticos e práticos que o mundo tem pela frente.

 27 de novembro de 2015, Centro de Notícias da ONU/Adaptado por UNRIC

 


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