Prémio Mulher Polícia 2023: Soldado da Paz da Indonésia é vencedora

Artigo original publicado pela ONU News. 

O Prémio Mulher Polícia do Ano de 2023 será atribuído dia 16 de novembro à Primeiro-Sargento da Polícia Renita Rismayanti, da Indonésia, cuja iniciativa apoia a missão da paz da ONU e a polícia da República Centro-Africana. 

A oficial Renita Rismayanti, da Indonésia, é a vencedora do Prémio Mulher Polícia do Ano de 2023. A oficial tem a patente de Primeiro-Sargento e receberá a distinção no dia 16 de novembro (quinta-feira) na sede da ONU, em Nova Iorque.  

No âmbito da Semana da Polícia das Nações Unidas, que decorre de 13 a 17 de novembro, a Assembleia Geral acolherá a cerimónia de reconhecimento da distinção que foi criada em 2011.  

Focos de crime e agitação 

Renita Rismayanti trabalha como Oficial da Base de Dados Criminais na Missão da ONU na República Centro-Africana, MINUSCA. Nesta função, ajudou a conceptualizar e a desenvolver uma base de dados criminal que permite à Polícia das Nações Unidas mapear e analisar os pontos críticos de crime e desordem.      

Segundo as Nações Unidas, este novo método ajuda as forças de segurança centro-africanas a planear melhor as suas operações de apoio à população local.     

O subsecretário-geral para as Operações de Paz, Jean-Pierre Lacroix, elogiou a “inovação e os esforços” aplicados pela Primeiro-Sargento para que os dados sejam usados pela equipa de manutenção da paz da ONU e pela polícia da República Centro-Africana. 

Jean-Pierre Lacroix celebra ainda a “contribuição significativa” da iniciativa nos esforços para aumentar a segurança das comunidades vulneráveis, incluindo mulheres e meninas.

© UNMISS/Isaac Billy | Uma polícia zambiana recebe uma medalha pelos seus serviços na missão de manutenção da paz da ONU no Sudão do Sul, UNMISS.

Maior eficácia da atuação na proteção 

Lacroix enfatizou que a vencedora é “um grande exemplo de como a participação e a liderança das mulheres na manutenção da paz melhoram a eficácia da atuação de proteção e construção da paz para melhor enfrentar os desafios atuais e futuros.” 

Reagindo ao anúncio, Renita Rismayanti expressou satisfação pela possibilidade de usar as suas competências tecnológicas para melhorar a segurança da população em toda a República Centro-Africana.  

A vencedora mencionou a expectativa de usar a visibilidade que lhe é dada pelo prémio para reforçar entre as mulheres e meninas “que todas as áreas de especialização no policiamento estão abertas para nós.” 

Aos 27 anos de idade, Renita é a mais jovem Mulher Polícia do Ano das Nações Unidas.   

O prémio Mulher Agente de Polícia do Ano das Nações Unidas foi criado em 2011 para reconhecer as contribuições excecionais das mulheres agentes de polícia para as operações de paz da ONU e para promover o empoderamento das mulheres. A distinção está inserida na Semana da Polícia das Nações Unidas.  

Atualmente, as mulheres representam 43,1% dos oficiais em serviço na sede e 24,6% dos 10 mil agentes da polícia que atuam em 16 operações das Nações Unidas no terreno. 

“Tendo realizado tanto ao abraçar a tecnologia num campo tradicionalmente dominado pelos homens, a Primeiro-Sargento da Polícia Renita Rismayanti representa o futuro do policiamento das Nações Unidas”, sublinhou o Conselheiro da Polícia das Nações Unidas, Faisal Shahkar.   


Direito Internacional e Justiça

Entre as maiores conquistas das Nações Unidas está o desenvolvimento de um corpo de leis internacionais, convenções e tratados que promovem o desenvolvimento económico...