Refugiados: ONU alerta sobre o impacto dos cortes na ajuda pública ao desenvolvimento

Cortar na ajuda pública ao desenvolvimento com vista a redirecionar verbas para a resposta ao fluxo de refugiados “é contraprodutivo”, advertiu hoje o secretário-geral  da Organização das Nações Unidas,Ban Ki-moon. “Ajudar as pessoas necessitadas não deve ser um jogo de soma zero”, acrescentou.

“No momento  em que nos esforçamos para cumprir a ambiciosa Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, o secretário-geral encoraja todos os governos a investir na ajuda pública ao desenvolvimento internacional”, disse num comunicado divulgado pelo seu porta-voz.

A declaração antecede a cimeira do G20, que reúne os líderes das maiores potencias económicas mundiais, a 14 e 15 de novembro, em Antália(Turquia). Ban Ki-moon estará presente e as questões relacionadas com desenvolvimento constam da agenda.

“O mundo enfrenta a maior crise do deslocamento forçado desde a Segunda Guerra Mundiale o secretário-geral apela à comunidade internacional para que enfrente este grande desafio sem se esquecer do compromisso crucial com a ajuda pública ao desenvolvimento”, refere o comunicado.

A declaração de Ban Ki-moon realça a importância de financiar,na sua totalidade, ambos os esforços: por um lado, ajudar refugiados e requerentes de asilo e, por outro, manter as iniciativas de desenvolvimento a longo prazo.

“Alocar recursos para uma área não deve pôr em causa outra área”, sublinhou Ban Ki-moon. “Fazer, neste momento crucial, um redirecionamento do financiamento, em moldes que penalizam o desenvolvimento, poderá perpetuar desafios que a comunidade mundial se comprometeu a resolver.”

“A redução da ajuda pública ao desenvolvimento para financiar o custo dos fluxos de refugiados é contraprodutiva e criará um círculo vicioso prejudicial à saúde, àeducação eà oferta de oportunidades de uma vida melhor para milhões de pessoas vulneráveis ​​em todo o mundo”, acrescenta o comunicado.

No início desta semana, a administradora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Helen Clark,apelou a todos os agentes envolvidos nas ações humanitárias e de desenvolvimento que mantenham respostas que permitam aumentar a resiliência das pessoas e das comunidades, por um lado, e que forneçam a ajuda humanitária  necessária na Síria, Iémen e Líbia e outros paíse sem crise, por outro.

12 de novembro de 2015, Centro de Notícias da ONU/Traduzido & Editado por UNRIC


Direito Internacional e Justiça

Entre as maiores conquistas das Nações Unidas está o desenvolvimento de um corpo de leis internacionais, convenções e tratados que promovem o desenvolvimento económico...