UNICEF apela a fundo adicional de apoio às vítimas do conflito no Iémen

Ao assinalar, esta semana, a entrada no segundo ano do conflito no Iémen, a agência de saúde da ONU apela a um fundo adicional e acesso a mais de 80 por cento da população em necessidade urgente de ajuda humanitária.

“Apesar dos nossos esforços, até agora, é preciso fazer muito mais para responder às necessidades de saúde das pessoas no Iémen”, disse Ala Alwan, Diretor Regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) para o Mediterrâneo Oriental.

Alwan expressou a sua preocupação relativamente ao fundo limitado para o setor da saúde, o qual recebeu, até agora, apenas seis por cento do valor necessário para 2016.

Alwan relembrou, também, “todas as partes das suas obrigações sob o Direito Humanitário Internacional de facilitarem o acesso humanitário a todas as áreas do Iémen e a respeitarem a segurança dos trabalhadores da área de saúde e das unidades de saúde que já estejam a trabalhar sob condições extremamente difíceis.”

A situação de saúde no Iémen já era um desafio antes do conflito atual mas deteriorou ainda mais sob a violência contínua que forçou um quarto de todas as unidades de saúde a encerrar devido a danos ou escassez de pessoal, medicamentos e outros recursos.

Cerca de 19 milhões de pessoas não têm acesso a água limpa e saneamento, correndo o risco de contrair doenças infeciosas como o dengue, malária e cólera, alertou a OMS.

Para além disso, mais de 14 milhões de iemenitas precisam, urgentemente, de serviços de saúde, incluindo mais de 2 milhões de crianças gravemente desnutridas e mulheres grávidas ou lactantes que necessitam de tratamento.

Considerando as “imensas” necessidades de saúde no Iémen, Alwan sublinhou algumas das formas positivas nas quais a agência da ONU e os seus parceiros têm sido capazes de alcançar as pessoas em necessidade.

“Nós enviamos, de barco, suplementos e medicamentos salva-vidas quando as estradas foram bloqueadas e transportamos, pelos animais, água segura para as unidades de saúde, devido à falta de combustível.”, disse, dnotando que 450 toneladas de medicamentos e suplementos salva-vidas foram entregues, bem como um milhão de litros de combustível para os hospitais e 20 milhões de litros de água para as unidades de saúde e campos que albergam,  internamente, pessoas deslocadas.

A agência da ONU e os seus parceiros foram, também, capazes de prestar serviços de saúde mental através de equipas médicas móveis e clínicas móveis. Vacinaram, ainda, cerca de cinco milhões de crianças abaixo dos cinco anos contra a poliomielite e 2,4 milhões de crianças abaixo dos 15 anos contra o sarampo e a rubéola.

29 de março de 2016, Centro de Notícias da ONU/Traduzido & Editado por UNRIC


Direito Internacional e Justiça

Entre as maiores conquistas das Nações Unidas está o desenvolvimento de um corpo de leis internacionais, convenções e tratados que promovem o desenvolvimento económico...