Covid-19: União Europeia suspende viagens não essenciais para cidadãos 

A União Europeia (UE) suspendeu todas as viagens não essenciais para os cidadãos de fora da UE por 30 dias em resposta ao surto de COVID-19. O anúncio foi feito esta terça-feira (17 de março) pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen.

As restrições, que os Estados-membros da UE implementarão de imediato, estarão em vigor durante um período inicial de 30 dias e poderão ser prolongadas se necessário. Existem excepções para residentes de longa duração na UE, para familiares de cidadãos da UE, diplomatas, pessoas que transportam mercadorias, trabalhadores de serviços fronteiriços e equipas essenciais para lidar com o coronavírus, como médicos ou enfermeiros. A medida será aplicada a quase todos os Estados-membros da UE, bem como à Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça.

“Este é um choque externo. Atinge o mundo inteiro. O inimigo é um vírus e agora temos que fazer o possível para proteger o nosso povo e as nossas economias”, disse von der Leyen em conferência de imprensa em Bruxelas.

A Comissão Europeia procura manter o fluxo de mercadorias em todo o seu mercado único, para evitar a escassez e o agravamento das dificuldades sociais e económicas que todos os países europeus já enfrentam.
Os Estados-membros devem sempre admitir os seus próprios cidadãos e residentes e facilitar o trânsito de outros cidadãos e residentes da UE que regressam a casa, anunciou a Comissão. Também se coordenarão para organizar conjuntamente o repatriamento de cidadãos da UE sempre que possível.
“Precisamos garantir a passagem de medicamentos, alimentos e mercadorias, e dos nossos cidadãos que viajam para os seus países de origem”, afirmou Michel.
As medidas também envolvem a triagem de viajantes que chegam e saem nas fronteiras externas da UE.
Os líderes da UE deverão realizar novas discussões nas próximas semanas para discutir possíveis medidas adicionais.

“Estamos prontos para fazer tudo conforme necessário. Não hesitaremos em tomar medidas adicionais à medida que a situação se desenrola ”, afirmou von der Leyen.

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ONU News