Em que resultou a Conferência sobre a Água da ONU?

Após 3 dias de trabalho, foram alcançados mais de 700 compromissos destinados à construção de um processo transformativo em relação à gestão e ao tratamento da água.

Este evento, que juntou mais de 10 mil participantes na sede da ONU em Nova Iorque, chamou à atenção para a crise hídrica mundial, apelando à urgente necessidade de intensificar a criação e implementação de medidas que garantam o acesso equitativo a água potável e ao saneamento em todo o mundo

Com a participação de líderes mundiais, da sociedade civil, de empresários, de jovens e cientistas, o sistema das Nações Unidas estabeleceu uma meta: desenvolver estratégias que permitam alcançar o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS) nº6 “Água e saneamento para todos até 2030” – contribuindo assim para o progresso dos restantes ODS.

Passar à ação

Com efeito, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterresafirmou que “os compromissos desta Conferência irão impulsionar a humanidade para um futuro com água segura, que todas as pessoas no planeta precisam”.

Para alcançar este objetivo, o líder da ONU destacou as principais mudanças a realizar: reforçar o papel da água enquanto direito humano fundamental, reduzir as pressões sobre o sistema hídrico, desenvolver novos sistemas alimentares alternativos e implementar um novo sistema mundial de informação sobre a água que ajude a orientar o estabelecimento de planos e prioridades até 2030.

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Foto ONU/UN7977884

Portugal

O ministro do Ambiente de Portugal, Duarte Cordeiro, evidenciou não só os desafios particulares enfrentados pelo país em relação às secas e à alteração dos padrões climáticos, como salientou também as respostas que o país tem vindo a desenvolver para combater as questões hídricas. De destacar a aposta na redução do consumo, no uso eficiente da água, na melhor gestão da água na agricultura, na reutilização da água e na partilha de experiências. Neste sentido, o representante português afirmou que a resposta “passa por uma mudança radical de paradigma na gestão deste recurso” acrescentando que vê a “cooperação como um instrumento essencial para a gestão integrada dos recursos hídricos”.

Estes compromissos fazem agora parte da Agenda de Ação da Água, que por sua vez representa a determinação da comunidade internacional em fazer frente aos desafios mundiais da água através de uma abordagem coletiva mais coordenada.


Direito Internacional e Justiça

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