Mensagem da OMS para os europeus: “agora depende de nós”

Os europeus estão perante uma bifurcação na luta contra a covid-19 e está nas suas mãos seguirem o caminho de uma nova normalidade, com restrições de movimento e de interações sociais. Em conferência de imprensa, que teve lugar esta quinta-feira em Copenhaga, o diretor do Escritório Regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, Dr. Hans Kluge, afirmou que “a desconfiança, a resistência às medidas, o desrespeito pelas mudanças comportamentais que todos fizemos para limitar a covid-19, levarão a um caminho que nenhum de nós deseja seguir”. O responsável considera que “o nosso comportamento hoje definirá o caminho para a pandemia”, lembrando que “à medida que os governos levantam restrições, as pessoas serão os principais atores.”

A OMS apela a que todos “sigam as recomendações das autoridades nacionais, que limitem as interações sociais, que continuem a lavar as mãos, que mantenham o distanciamento físico e que reduzam os riscos para os mais vulneráveis, idosos e pessoas com condições crónicas de saúde subjacentes.”

Kuge explicou que houve uma desaceleração geral da pandemia na Europa, que inclui as ex-repúblicas da União Soviética, mas enfatizou também que se registou um aumento de casos na parte oriental do continente. Atualmente, há 1,78 milhões de casos confirmados e 160.000 mortes, representando 43% dos casos e 56% das mortes em todo o mundo.

A Federação Russa, o Reino Unido e Espanha permanecem entre os 10 países em todo o mundo que relatam a maioria dos casos nas últimas 24 horas.

Neste contexto, a OMS enfatiza que “não deve haver espaço para complacência” e que “temos que permanecer vigilantes”, lembra a importância de as autoridades “ouvirem os seus públicos” e reiterou que o público em geral tem um papel a desempenhar para manter a covid-19 à distância.

“O nosso comportamento determinará o comportamento do COVID-19. Agora depende de nós”, afirmou Kluge.

A OMS explica também que “até que uma vacina ou tratamentos estejam disponíveis, limitar o vírus requer uma parceria entre as pessoas e os decisores políticos – um contrato social que se estende além do controle de qualquer funcionário ou líder do governo. A vigilância é uma responsabilidade de toda a sociedade.”

*Texto produzido pela secção dos Países Nórdicos do UNRIC

ONU News