UNICEF apela ao cumprimento do plano nacional de vacinação em Portugal

A UNICEF Portugal lançou um apelo às famílias portuguesas com crianças e jovens a seu cuidado para que não deixem de cumprir os seus deveres de vacinação. Em comunicado, a UNICEF Portugal explica que “é crítico não pôr em risco a saúde hoje e no futuro de todas as crianças e jovens, o confinamento e a vacinação coexistem em segurança.”

A UNICEF Portugal indica que de acordo com notícias recentes, foram administradas em Portugal menos 13 mil vacinas contra o sarampo, só no mês de março, por isso, “é urgente que esta situação seja contrariada.”

As medidas de distanciamento social em vigor e os constrangimentos de mobilidade que muitas famílias têm, aliadas aos receios legítimos sobre o momento que vivemos, não podem prevalecer sobre o direito fundamental das crianças e jovens poderem ter acesso aos sistemas nacionais de saúde para efeitos de vacinação, adianta ainda a UNICEF Portugal.

A diretora-executiva da UNICEF Portugal manifestauma profunda preocupação pela situação vivida por milhões de crianças cujos países não possuem as condições, como Portugal, para ministrarem de forma universal e segura as vacinas necessárias para a imunização de crianças e jovens contra um conjunto muito amplo de doenças”.

Na Semana em que se comemora a Semana Mundial de Vacinação, a UNICEF relembra que a imunização é uma das formas mais eficazes e económicas de proteger a vida e o futuro das crianças e que cerca de 13 milhões de crianças em todo o mundo não estão a receber vacinas, o que as colocam a elas e às suas comunidades em risco de doenças e morte.

Principais números e factos sobre a Imunização:

  • Todos os anos, a UNICEF atinge quase metade das crianças de todo o mundo com vacinas que salvam vidas;
  • Estima-se que 86% das crianças com menos de um ano tenham sido totalmente vacinadas contra o tétano em 2018;
  • A vida de cerca de 23,2 milhões de crianças foi salva através da imunização do sarampo entre 2000 e 2018;
  • Dados de Julho de 2019 revelam que o tétano materno e neonatal, que é extremamente fatal em recém-nascidos, permanece em apenas 12 países do mundo.
  • Mil milhões de pessoas em África estarão protegidas contra a febre amarela até 2026 – quase 50% delas crianças menores de 15 anos;
  • Apenas dois países registaram casos de poliomielite em 2019;
  • 1,5 milhões de mortes poderiam ser evitadas se a cobertura global de imunização melhorasse;
  • 13,5 milhões de bebés não receberam nenhuma vacina em 2019;
  • 40% das crianças não vacinadas vivem em ambientes frágeis ou em emergências humanitárias, incluindo países afetados por conflitos.

ONU News